O professor Ezequiel Neves da Silva, que atua com a prática de Ciência e Tecnologia, desenvolveu com as turmas de contraturno da Escola Municipal Santa Anna Mestra, no Tatuquara, um projeto de construção de foguetes a base de garrafas PET. A ação faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Mostra Brasileira de Foguetes 2017, que acontece nesta sexta-feira (19/5).

Na unidade, são 150 estudantes e uma equipe da comunidade escolar que se mobilizam para a ação. A dedicação de todos é intensa. E eles têm um motivo especial para acreditar que vão conseguir chegar longe. É que no ano passado a unidade recebeu 38 medalhas, sendo um destaque em nível nacional.

A primeira iniciativa organizada com meninos e meninas da unidade, para este ano, foi construir os objetos, formados basicamente por garrafa pet, papel, plástico e uma base de PVC, que dá a sustentação na hora da decolagem.

Mas só montar os foguetes não é suficiente. Cada detalhe tem que ser bem calculado. Ângulo, vento e a posição para o lançamento são importantes para o sucesso do voo. Aprendemos na prática alguns conteúdos que na teoria seria mais difícil, como pressão, volume, distância percorrida e altura. Todos os alunos deveriam ter uma experiência como essa, destacou o estudante Rhyan Calebe, de 10 anos.

Da curiosidade para a Física

O professor de Física Ezequiel destaca que é importante estimular a prática de atividades que transformam o conhecimento abstrato das crianças sobre os astros em saberes mais concretos. “É importante essa relação da criança com sua localização no espaço e uma vivência contextualizada é uma forma de estabelecer vínculo, de forma lúdica, despertando o interesse pela física, astronomia e ciências afins. Isso é usar ciência e tecnologia para a formação de qualidade da criança, porque você parte do interesse, da curiosidade e da investigação”, explicou o professor.

A ação contou com duas etapas: a primeira funcionou com a projeção de protótipos dos foguetes e da expectativa do lançamento. Na segunda, os estudantes competiram entre si. No evento, houve também a participação de famílias que conseguiram acompanhar o lançamento. A maior distância percorrida foi de 30 metros.

Segundo o professor e a coordenadora da unidade, Rita de Cássia Pereira, o projeto alcançou um ótimo resultado. Percebemos que aprimoramos, desde o ano passado, alguns princípios para a ação. Obtivemos uma participação em massa dos 150 estudantes, que colocaram todo o seu desempenho com autonomia e protagonismo, afirmou Rita.

O projeto fez parte da primeira etapa da Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), organizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Para esse evento, as crianças têm que construir foguetes usando materiais diferentes para cada nível escolar.

No dia da Mostra, todo mundo faz o lançamento do seu foguete. Aqueles que alcançam as maiores distâncias entre os competidores de todo o Brasil são os vencedores e recebem medalhas de ouro, prata e bronze.

Prova de Astronomia

Nesta sexta, estudantes de diversas unidades de ensino também fizeram uma prova com dez perguntas sobre Astronomia e Astronáutica, divididas em quatro níveis diferentes.

A ação da Olimpíada Brasileira de Astronomia tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia e pela Astronáutica e ciências afins, promovendo a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa.