SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, voltou neste domingo (21) à Presidência de seu partido após três anos, graças a uma mudança constitucional permitindo que ele pudesse voltar a se filiar à sigla.
O mandatário foi candidato único na eleição do AKP (Partido Justiça e Desenvolvimento), na qual recebeu o apoio de 1.414 delegados. “De novo reunidos”, disse, ao chegar ao congresso, com militantes de todo o país.
Erdogan havia deixado a liderança do AKP quando deixou de ser primeiro-ministro para assumir a Presidência, em 2014. Na época, a lei impedia que o presidente turco fosse afiliado a qualquer agremiação.
O presidente, porém, incluiu a mudança na reforma da Constituição que foi aprovada em plebiscito em abril. A partir de agora, o líder conduzirá o processo que levará às eleições regionais, parlamentares e nacionais de 2019.
Segundo a imprensa turca, a chegada de Erdogan fará com que o AKP termine com suas divisões internas, já que ele terá autoridade formal para definir quais membros da agremiação poderão se candidatar.
Para a oposição, a alteração da lei máxima acaba com os princípios de imparcialidade que deveria ter o presidente no sistema parlamentarista turco. Desde 2002 o AKP vence todas as eleições executivas e legislativas turcas.