O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu da decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que negou a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal paranaense Rodrigo Rocha Loures (PMDB). Janot pediu que o ministro reconsidere a decisão ou leve com urgência o caso para o plenário para que os 11 ministros da Corte analisem a prisão.
Os dois já foram afastados do mandato por Fachin na última quinta-feira, quando foi deflagrada a Operação Patmos, com base nas revelações de empresários do grupo J&F em delação premiada. Segundo Janot, a prisão preventiva é imprescindível para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.
Ao pedir a prisão dos parlamentares a Fachin, Janot apontou que a situação era excepcional. Janot argumenta que as gravações demonstram que Aécio e Loures vêm adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato.