RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Rodrigo rompeu o silêncio. Após ter o contrato rescindido com o Vasco, o zagueiro falou pela primeira vez e demonstrou mágoa pela forma como deixou o clube depois de três anos em São Januário. Sempre com a língua afiada, o defensor, que agora defende a Ponte Preta, não escondeu sua chateação com o técnico Milton Mendes e o gerente de futebol Anderson Barros.

Na avaliação do jogador, o dirigente, por exemplo, chegou ao time cruzmaltino com a missão de descartá-lo. “O Anderson já veio meio que preparado para isso, porque desde que ele chegou, já não bateu o santo. Cheguei até a comentar com minha esposa: ‘o dia que ele levantar torto, vai me mandar embora’. Mas não tinha muita força. Era meio fraquinho (risos)”, disse à “TV Globo”. Ao ser questionado sobre Milton Mendes, Rodrigo, primeiramente, ironizou: “Quem?”.

Em seguida, explicou sua mágoa: “Quando ele chegou no clube, eu estava machucado. Na verdade, fiquei até surpreso porque foram os dois caras que pediram a minha demissão [Anderson e Milton]. Eu era o primeiro a chegar, o último a sair e, na última semana, chega um treinador novo falando que eu não gosto de treinar. Piada!”.

Amigo de Nenê, Rodrigo acredita que o destino do meia em São Januário será o mesmo que o seu. Na última rodada do Brasileiro, o ex-camisa 10 foi barrado e ficou no banco de reservas contra o Bahia. “Antes da minha saída conversei com o Nenê: ‘vai acontecer algo comigo ou com você’. Aconteceu comigo primeiro. Não estou surpreso com o que está acontecendo com ele agora. Não tenho dúvidas que encaminha para acontecer com o Nenê o que aconteceu comigo”.