SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Atiradores abriram fogo nesta sexta-feira (26) contra cristãos coptas em um ônibus no interior do Egito, matando 23 pessoas e ferindo outras 25. De acordo com as autoridades locais, o ataque ocorreu enquanto os fiéis viajavam para o monastério São Samuel, na província de Minya, a cerca de 250 quilômetros ao sul do Cairo. Até agora, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque. Os cristãos egípcios, também conhecidos como cristãos coptas, são alvo de uma campanha de facções terroristas, que os consideram “infiéis”. Em 9 de abril, Domingo de Ramos, duas igrejas no país foram atacadas, em uma ação reivindicada pelo Estado Islâmico. A comunidade cristã é uma minoria no Egito. Falantes de uma língua que remonta aos tempos dos faraós, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões, segundo dados oficiais. Além disso, trata-se de um grupo economicamente marginalizado. Em entrevista recente à Folha de S.Paulo, dom Kyrillos, bispo copta-católico do Egito, defendeu que os coptas reajam “pacificamente” às crescentes ameaças de organizações terroristas.