BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em meio à articulação no PSDB para realização de uma eleição indireta, o presidente Michel Temer convocou neste sábado (27) os principais ministros tucanos para um almoço no Palácio do Jaburu. O encontro teve como objetivo sondar as movimentações dentro do partido após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ter defendido os nomes do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, para substituir o peemedebista. Na reunião, estiveram os tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores). Para conseguir uma sobrevida no cargo, o presidente tem negociado o apoio do partido, que se transformou no principal fiador de seu mandato, em troca do PMDB apoiar um candidato tucano para 2018. O argumento é que Temer promova as reformas tidas como impopulares, como a trabalhista e a previdenciária, evitando que elas fiquem para a próxima gestão. Nos bastidores, contudo, a manobra encontra resistência na bancada tucana da Câmara dos Deputados. O receio de alguns parlamentares é que, em plena crise política, o presidente não tenha força para aprovar as medidas. Além dos tucanos, o peemedebista se reuniu com o ex-presidente José Sarney, que se transformou em uma espécie de conselheiro político. No domingo (28), o presidente deve se reunir com seus advogados para discutir estratégia jurídica para o julgamento de cassação da chapa presidencial no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que será retomado em 6 de junho. No início da noite, Temer promoverá encontro com a base aliada para discutir a agenda de votações da semana.