Dados mostram que, com o poder de escolha na mão do espectador, há uma grande diferença entre os gêneros mais assistidos na Netflix e na grade televisiva tradicional.

Se antes as pessoas se adaptavam à grade de horários da TV, há alguns anos os serviços de streaming mudaram essa rotina e tornaram o quero-aqui-agora uma realidade. E dados divulgados recentemente pela Netflix comprovam isso.

De acordo com o serviço de streaming, os assinantes do mundo inteiro preferem começar o dia com comédia, contrariando a grade tradicional televisiva – que geralmente inclui o gênero à tarde e de madrugada. A chance de os assinantes assistirem a comédias de manhã é 34% maior do que nos outros horários – no Brasil, essa preferência sobe para 78%.

Em países como México, Argentina e Colômbia, a manhã ainda divide espaço com os animes – séries como Naruto e Death Note têm sua maior audiência entre 6h e meio-dia. No Brasil, o gênero ganha espaço também na madrugada, e tem mais audiência entre as 2h e as 14h. Já na hora do almoço, os assinantes do mundo inteiro preferem drama, como Narcos, House of Cards e Grey’s Anatomy: o gênero representa 47% das horas assistidas globalmente entre meio-dia e 14h. No Brasil, é neste período em que mais se assistem séries no geral – os brasileiros têm 25% mais chances de abrirem a Netflix neste horário do que no resto do dia.

O dia escurece e, com isso, o suspense toma conta. Stranger Things, Dexter e Breaking Bad são 27% mais procurados por volta das 21h. No Brasil, esse horário se estende até 3h. Quando vai chegando a madrugada, as comédias voltam a ser o gênero preferido: Friends, That ‘70s Show e BoJack Horseman são os mais assistidos mundialmente.

E os documentários? A madrugada também é o horário preferido para assisti-los. No mundo inteiro, séries como Chef’s Table, Making a Murderer e Planet Earth tem um aumento de 24% na audiência. Quatro anos após a estreia de House of Cards, nossos dados revelam quanto o ato de assistir TV mudou. Nós estamos empoderando as pessoas a programar o entretenimento da forma, diz Victoria Ferreira, gerente de comunicação da Netflix para América Latina.