MAELI PRADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Menos de duas horas depois de ter criado uma conta no Twitter nesta quarta (7), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se tornou “trending topic” na rede, virando tema de piadas e de insinuações de que deseja ser presidente da República sem passar pelas urnas.

Houve alusões também à época em que foi presidente do conselho da J&F, holding que administra a JBS. Meirelles (@meirelles) já angariou mais de 5.000 seguidores na rede social, e seu nome ficou em sexto no ranking dos assuntos mais comentados, com mais de 1.700 tuítes mencionando a conta recém criada. O

tuíte que causou mais polêmica foi o primeiro, em que diz que pretende usar o espaço para “debater os rumos do Brasil”. “Boa tarde, meu nome é Henrique Meirelles e este é o meu perfil no Twitter. Pretendo usar este espaço para debater os rumos do Brasil”, afirma a primeira mensagem postada pelo ministro, já retuitada mais de 400 vezes. A frase de apresentação de Meirelles foi ironizada. “Boa tarde, meu nome é Fábio e este é meu twitter. Estou aqui para discutir os rumos do pavê para o Brasil”, debochou um tuiteiro.

Muitos usuários do Twitter sugeriram que o ministro, que está em Paris em encontro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entrou na rede porque quer ser presidente da República através de eleições indiretas caso Michel Temer seja cassado. “Se quiser ser presidente é melhor passar pelas urnas; inclusive, programa não validado por elas é autoritarismo puro e duro”, afirma uma usuária da rede.

Outra mensagem traz a foto do ministro da Fazenda com o título: “Presidente do conselho da J&F Friboi”, em referência ao período em que Meirelles foi presidente do conselho da holding que controla a JBS. Um tuiteiro se limitou a comentar a entrada do ministro na rede afirmando: “Que timing ruim, hein”, em referência ao fato de Meirelles ter criado a conta durante o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 

PARIS X JUAZEIRO

Houve piadas ainda com o fato de Meirelles estar em Paris: “Já chegou querendo humilhar as pessoas, né?! ‘Estou em Paris’. Juazeiro também é legal”. O ministro também foi defendido por parte dos usuários da rede: “Tenho penha de quem o critica num nível tão baixo. Devem ser uns ´zéarruelas´ que não sabem como suas vidas estariam muito pior, sem ele [sic]”.