A Petrobras anunciou ontem uma nova política de preços para o gás de botijão de 13 quilos, que passará a ser reajustado todoo dia 5. Este mês, os preços serão aumentados em 6,7% na empresa. Para o consumidor final,reajuste vale apenas para o gás vendido em botijões de 13 quilos e passa a vigorar a partir desta quinta-feira (8).

Para o consumidor final esse reajuste deve ter um impacto de entre R$ 3 e R$ 5, dependendo do estado, segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP). Em Curitiba, o impacto deve ser R$ 3. Com isso, o preço do botijã deve passar dos atuais R$ 58 para R$ 61, em média.

A nova política de preços para o gás de cozinha institui uma fórmula que considera as cotações europeias do butano e do propano -gases obtidos a partir do refino de petróleo que compõem a fórmula do gás liquefeito de petróleo (GLP, o nome técnico do gás de cozinha). Sobre esse valor, será aplicada uma margem de 5%. Os reajustes serão automáticos e realizados no dia 5 de cada mês

A avaliação do Sindigás é que a Petrobras penaliza setores que já atravessam momento de grave crise econômica, em referência à indústria e ao comércio, que pagam mais caro pelo combustível vendido pela estatal. Diz ainda que, mesmo no caso do gás de botijão, permanecem incertezas quanto aos procedimentos de ajuste nos preços para os próximos meses, sem especificar, no entanto, quais são as incertezas.

Os reajustes serão calculados considerando as médias mensais das cotações do butano e do propano no mercado europeu e do dólar. A esse valor será acrescentado ainda uma margem de 5%. A expectativa do Sindigás é que o reajuste de 6,7% que passa a valer hoje, representará um aumento para o consumidor final de 5% a 9%.