Ministrei um treinamento de preparação dos vendedores de uma das maiores montadoras de veículos do mundo, para lançamento de um novo carro, que chegou ao mercado recentemente.
O treinamento de vendas foi espetacularmente elaborado por uma equipe de consultores e com participação intensa e criteriosa das gerências e diretorias da montadora envolvidas no projeto.
Essa equipe conseguiu trazer para os vendedores um novo conceito em vendas, no qual eles tiveram a oportunidade de poder fazer, através de seus clientes exclusivos e formadores de opinião, com que este carro fantástico tivesse uma penetração muito forte no mercado, fazendo a diferença em relação à concorrência.
Já participei de alguns outros lançamentos e presenciei diversas reações dos vendedores. Eles geralmente gostam de um produto novo. Afinal quem não gosta não só de vender como comprar uma novidade?
Acontece que o formato de venda do carro desenhado para o primeiro mês era bem diferente do convencional. Os vendedores tinham que usar a criatividade para efetuar as vendas. É claro que tinham uma logística e apoio muito bem estruturado e garantido pelas concessionárias e a fábrica.
O grande impasse é quando falamos em usar a criatividade. Alguns vendedores, na sua minoria, saíram do treinamento querendo mais, querendo tudo pronto, para eles só tirarem “o pedido”.
Com a maturidade vamos perdendo o espírito criativo que tínhamos quando criança. Na infância a criatividade é latente. Aviõezinhos de papel viram grandes aeronaves, nossos bonecos criam vida, brincamos de achar formas em nuvens. Com o tempo, os nossos pais, a escola e a sociedade em geral vão bloqueando a nossa criatividade e passamos a fazer tudo de forma predeterminada. Alguns querem as coisas tão prontas, tão mastigadas, que quando não estão exatamente do jeitinho que querem, dizem com aquela cara de total descrédito: “ai não sei não, vou tentar, mas acho que não vou conseguir”. Essas pessoas estão presas aos padrões impostos. Consideram-se incapazes de formular idéias originais ou preferem a comodidade da rotina. Aquela famosa máxima, em time que está ganhando não se mexe. Acham que se já existe um modo de fazer não há razão para mudança. Grande engano! Num mercado tão competitivo é preciso sempre inovar, criar novas maneiras de atingir o resultado. Aquilo que já existe não significa que é o melhor. Em time que está ganhando se mexe sim!
E você amigo leitor também perdeu sua criatividade, sua capacidade de sonhar, como aquele pequeno grupo de vendedores? Para quem respondeu que sim, procure resgatar a criança que existe em você e conseqüentemente o seu poder de criação!
Um grande abraço, boa semana e Deus te abençoe.

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Desmar Milléo Junior, Autor do Livro: “Apenas Boas Intenções Não Bastam”, Palestrante nas áreas motivacional, comportamental e vendas.Treinamentos com Jogos de Negócios & Simuladores. 
SITE: www.milleo.com.br & www.treinamentodegestao.com.br