Nesta quarta-feira (21), os funcionários que atuam na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) asseguraram que o equivalente a 80% dos empregados permanecerão em atividade durante a greve que a categoria promete deflagrar na próxima sexta-feira (23). Esse índice será suficiente para manter o funcionamento da empresa e o atendimento das atividades essenciais. A definição foi feita em audiência realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, em Curitiba.

O dissídio coletivo foi ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho justamente para garantir que a paralisação não prejudicasse a prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade relativas à produção e distribuição de gás e combustível.

O movimento grevista em questão tem origem na discordância dos trabalhadores diante da decisão da empresa em reduzir o efetivo de empregados. Segundo os funcionários, esse planejamento estaria sendo feito “de forma unilateral pela Repar, contrariando cláusulas do Acordo Coletivo”.

A empresa defende que não haverá diminuição de postos de trabalho, mas apenas remanejamento de pessoal.

A greve, que começará às 23h30 da próxima sexta-feira, durará 48 horas; dependendo do rumo das negociações, a paralisação continuará por tempo indeterminado.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Refinação, Destilação, Exploração e Produção de Petróleo nos Estados do Paraná e Santa Catarina (SINDIPETRO) iniciou na quarta-feira (21) as mobilizações nas trocas de turno da Repar em preparação à greve. O objetivo dessas atividades é alinhar informações e ressaltar que a responsabilidade do impasse é da empresa por descumprir a cláusula 91 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que estabelece um fórum de discussão sobre os efetivos entre a Petrobrás e os sindicatos de trabalhadores.