LUIZA FRANCO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio chegou à conclusão de que um policial militar foi o responsável pela morte de Maria Eduarda Alves da Conceição, 13, atingida por tiros de fuzil dentro da escola pública onde estudava, em Acari, na zona norte do Rio, em março deste ano. No momento em que Maria Eduarda foi morta, policiais trocavam tiros com criminosos. O inquérito policial, entregue ao Ministério Público na tarde desta segunda-feira (26) concluiu que o cabo Fábio de Barros Dias foi culpado pelo crime. Ele será indiciado por homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de cometer o crime), que tem pena de seis a 20 anos prevista. O outro policial que estava com o cabo, o sargento David Centeno, foi inocentado. A menina estava no pátio da escola, durante uma aula de educação física, quando foi atingida. Para a Polícia Civil, o cabo assumiu o risco de matar ao fazer disparos na direção da escola, ainda que naquele momento trocasse tiros com criminosos. Embasaram o indiciamento do cabo depoimentos de testemunhas, dos policiais e informações técnicas de confronto balístico, como a posição do tiro e o calibre da bala que atingiu a menina. Fragmentos de bala de um fuzil usado pela PM foram encontrados no corpo dela. Durante o confronto que resultou na morte da menina, o cabo e o sargento foram flagrados em vídeo atirando em dois suspeitos que já estavam no chão, Júlio César Ferreira de Jesus e Alexandre dos Santos Albuquerque. Os policiais respondem em liberdade pelo homicídio deles.