Ainda segundo a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde da SMS, Tânia Pires, os principais reflexos da alta na demanda sobre o sistema público de saúde são econômicos, com a o aumento de custos no sistema, aliado ainda à sobrecarga sobre os profissionais da saúde, em especial aqueles que fazem a linha de frente — médicos, enfermeiros e outros profissionais que atuam nas unidades básicas de saúde da cidade.

Custo financeiro é o primeiro impacto e temos também um pouco de sobrecarga de trabalho dentro das próprias unidades de saúde. O que notamos, e isso é no Brasil inteiro, são deficiências em diversos níveis, diversos pontos da rede de atenção estão bem sobrecarregados. Sabemos o quanto é difícil, os recursos são escassos, afirma Tânia, revelando ainda que hoje o sistema não tem como dar conta da alta na demanda, o que impõe um grande desafio de gestão.

Certamente não temos hoje condições plenas de absorver essa demanda. Aliás, em nenhum lugar do país tem. Então, o que temos é um incremento de esforço da gestão. Estou falado numa perspectiva de realidade, fazendo uma análise sincera, correta. Precisamos cuidar dos recursos que temos e fazer bem o papel de gestão, porque fazer gestão com muito dinheiro é tranquilo, o difícil é fazer isso com poucos recursos, finaliza.