EDUARDO GERAQUE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestão Doria (PSDB) conseguiu um respiro nesta quarta-feira (28) na Câmara, depois de várias derrotas nos últimos dias. Por 8 votos a 1, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aprovou o projeto que autoriza a concessão do estádio do Pacaembu à iniciativa privada. A autorização está sendo classificada como um cheque em branco pela bancada petista porque o texto do projeto esta muito vago, segundo o vereador Antônio Donato (PT). A ideia apresentada pela gestão tucana em relação ao Pacaembu, dizem os governistas, é muito semelhante à proposta feita pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Com o aval dos vereadores, Doria poderá dar sequência ao processo de concessão. O texto vai para o plenário e a primeira votação pode ocorrer na próxima madrugada. Para ser aprovado, o texto ainda deve passar por uma segunda votação. Neste momento, está aberto o prazo para que a prefeitura receba propostas de interessados em gerir o estádio público e o clube em anexo. Os estudos devem ser entregues até segunda-feira (3). A concessão é vista com preocupação pelos moradores da região, que temem o aumento dos transtornos na região. Segundo a prefeitura, qualquer que seja o modelo de concessão, o Pacaembu vai ter que continuar a receber jogos de futebol, mas o estádio poderá receber outros tipos de evento, como partidas de outras modalidades ou eventos de música. Como o Pacaembu é tombado, o patrimônio histórico também terá que ser respeitado pelos futuros gestores, segundo a gestão Doria. Segundo a prefeitura, o estádio, inaugurado nos anos 1940, custa R$ 9 milhões aos cofres públicos por ano.