O dia de greve geral contra as reformas trabalhista e da previdência, hoje, em todo o País, têm pelo menos três atos marcados para Curitiba, apesar da adesão menor do que as manifestações de março, abril e maio. O primeiro está marcado para as 10 horas, com panfletagem na Boca Maldita. No mesmo locla, às 12 horas, um ato que reúne as centrais sindicais. No final da tarde, mais um ato está agendado, também na Boca Maldita.

Algumas categorias que pararam nas outras datas de greve geral resolveram, desta vez, promover apenas atos pontuais, sem paralisar as atividades. Motoristas e cobradores, por exemplo, participaram da paralisação nos outros meses mas, hoje devem realizar apenas manifestações locias e engrossar o ato das 12 horas na Boca Maldita.
Os metalúrgicos também haviam parado nas outras manifestações, mas desta vez realizam atos na troca de turno, sem parar a produção. Garis também se reuniriam a partir das 6 horas para debater as reformas. Servidores municipais participam das manfiestações, mas não havia indicativo para greve neste dia.
Já as categorias que devem parar incluem professores e servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e bancários, além dos petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, que iniciariam uma greve por tempo indeterminado à zero hora de hoje. A APP-Sindicato convoca seus afiliados a participarem das manifestações na Boca Maldita.
Outros municípios do Paraná devem ter manifestações ao longo do dia, como Londrina, Maringá e Araucária.

Líder do governo adia votação
Um dia depois da aprovação da reforma trabalhista na Comissão e Constituição e Justiça, o Senado se prepara para a votação final da matéria no plenário da Casa. Ontem, em uma rara sessão deliberativa, o presidente Eunício Oliveira chegou a ler o requerimento de urgência do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), para tramitação da matéria. Com quórum baixo, Jucá achou melhor deixar a votação para a próxima terça-feira.
Na prática, a votação da urgência acelera a tramitação da matéria, já que emendas apresentadas nessa fase podem ser debatidas imediatamente, sem necessidade de retorno do texto às comissões de mérito.
Caso a urgência seja mesmo votada na terça-feira, o presidente do Senado deve respeitar o intervalo de duas sessões para colocar a reforma trabalhista na pauta. Para não perder tempo, se quiser Eunício pode convocar duas sessões deliberativas na terça e assim, na quarta-feira, a proposta já estaria pronta para votação.