Quem está por dentro da área de tecnologia tem notado que, cada vez mais, as competições estão se tornando tendência no Brasil. Influenciadas pelos ideais de inovação que tomaram conta da área nos últimos tempos, as diversas competições vêm se popularizando nas universidades e no mercado. Hackathons, programas de aceleração de startups e até mesmo competições internas nas universidades possuem vários aspectos em comum, embora tenham objetivos distintos. 

Para que houvesse essa popularização, mudanças foram acontecendo em todo o ambiente da tecnologia. O aluno está mais conectado, a tecnologia em constante evolução, as empresas à procura de bons profissionais e o mercado aquecido.

Tudo isso cria um ambiente bastante propício a esse tipo de competição, explica a professora Ellen Francine, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

As mudanças nos alunos, em especial, se relacionam com o aumento do interesse em empreender e, segundo a professora Ellen, é observado um crescimento significativo nos últimos anos: Lá atrás a gente não via essa ideia de próprio negócio, era ‘eu quero ir pra uma grande empresa, crescer lá dentro’. Hoje, a gente vê isso de uma forma muito mais clara, já com alunos que estão ingressando.


Desafio busca soluções em pouco tempo

Quem está por dentro da área de tecnologia tem notado que, cada vez mais, as competições estão se tornando tendência no Brasil. Influenciadas pelos ideais de inovação que tomaram conta da área nos últimos tempos, as diversas competições vêm se popularizando nas universidades e no mercado. Hackathons, programas de aceleração de startups e até mesmo competições internas nas universidades possuem vários aspectos em comum, embora tenham objetivos distintos.

Para que houvesse essa popularização, mudanças foram acontecendo em todo o ambiente da tecnologia. O aluno está mais conectado, a tecnologia em constante evolução, as empresas à procura de bons profissionais e o mercado aquecido. Tudo isso cria um ambiente bastante propício a esse tipo de competição, explica a professora Ellen Francine, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

As mudanças nos alunos, em especial, se relacionam com o aumento do interesse em empreender e é observado um crescimento nos últimos anos: Lá atrás a gente não via essa ideia de próprio negócio, era ‘eu quero ir pra uma grande empresa, crescer lá dentro’. Hoje, a gente vê isso de uma forma muito mais clara, já com alunos que estão ingressando.


Problemas pontuais escondem armadilha

Alguns organi­za­do­res distorcem os propósitos dos hackathons. Uma das principais críticas dos participantes envolve a realização de um evento para solucionar um problema específico.

Muitos organizadores divulgam seus hackathons apenas para programadores, o que acaba limitando o potencial criativo da iniciativa. Segundo o estudante de Matemática, Eder Santana, uma boa equipe é dividida em três partes: a que pensa no negócio e na aplicação; a que vai criar, desenvolver o software e o hardware; e a de design, que vai transformar a ideia em um produto. Eu acho que pluralidade é muito bom porque nem sempre a pessoa da área de programação sabe o que realmente funciona. Eu vejo, em vários hackathons, uma equipe de cinco desenvolvedores capazes de fazer qualquer projeto que entregarem para eles, mas não conseguem pensar num projeto viável, ele afirma.

Caio é mais cauteloso com essa mistura de áreas. Desenvolvedor pensa de um jeito muito diferente do que um usuário. Então, dependendo da área, ter uma pessoa de fora ajuda demais. Só que, querendo ou não, as 30 horas são mais voltadas para desenvolver o protótipo. Qualquer outra área vai entrar como business, porque ajudará na ideia e a vendê-la, não de desenvolvê-la, diz.