O número de acidentes de trabalho é maior entre aqueles que desempenham as suas atividades em pé. Um pesquisa aponta que 90% das pessoas não suportam ficar mais que 6 horas em pé.

A nova pesquisa O trabalho e a relação com os pés, tornozelos e joelhos revelou que a frequência de acidentes de trabalho aumenta significativamente com o tempo em pé. O estudo consultou 2.940 brasileiros entre março e maio deste ano com o objetivo de mensurar prejuízos e perigos de se trabalhar em pé por muitas horas.

Das 52 páginas de estatísticas, talvez a mais alarmante seja a de que o número de funcionários que sofreram acidentes cresceu entre os que passam mais horas em pé. Para as mulheres, a frequência é 8 vezes maior e entre os homens, os acidentes ocorrem 5,5 vezes mais.

Em média, 4,64% dos 2.940 respondentes sofreram um acidente no último ano. Há uma forte correlação! Quando as pessoas passam mais tempo em pé, o estresse aumenta, a atenção aos detalhes diminui e os acidentes de trabalho acabam sendo mais frequentes afirma o co-autor da pesquisa Mateus Martinez, graduado na USP e mestre em Fisioterapia pela Universidade de Queensland.

A taxa salta para 90% com 6 horas ou mais. Para o fundador da Pés Sem Dor, Thomas Case, Ph.D. o trabalho em pé é desgastante e insalubre. Os dados mostram que a medida que o tempo passa, mais as dores nos pés, tornozelos e joelhos aumentam. Isso é nocivo para o empregador e para o empregado afirma.

O trabalho em pé causa dores, calos, bolhas, inchaço e formigaamento nos pés. A pesquisa identificou que os calçados mais utilizados por mulheres são sapatilhas (31%) e o tênis (17%).Já os homens utilizam mais o tênis (26%) e sapato social (18%).
As dores no pés acometem a cerca de 96% dos trabalhadores que trabalham em pé, segundo a pesquisa O trabalho e a relação com os pés , tornozelos e joelhos.