Curitiba teve ontem a temperatura mais baixa do ano, com -1,3ºC e intensa formação de geada. A cidade amanheceu coberta pela geada, que já formava desde o final da noite de terça-feira. O clima gelado aconteceu em todo o Estado, com marcas muito baixas em todas as regiões. A mínima no Estado foi registrada em São Matues do Sul, no Sul, com -5,2ºC e sensação de -8ºC. Mas o frio mais forte tem data para ir embora.

Se hoje o dia começa gelado, à exemplo de ontem, amanhã os termômetros começam a ter ligeira elevação. A previsão do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) é de mínima de 7ºC e máxima de 20ºC. No sábado as temperaturas ficam amenas e no domingo os termômetros voltam a marcar máxima de 20ºC. O sol aparece entre nuvens todos os dias.
Até o final do mês, as temperaturas devem oscilar entre a mínima de 10ºC e a máxima entre 20 e 23 graus. O inverno termina apenas no dia 22 de setembro, quando começa a primavera.
Gripe — A queda repentina nas temperaturas em todo o Estado demanda cuidados redobrados para evitar a gripe. Durante o inverno, o número de casos da gripe e a transmissão do vírus aumentam, devido à maior concentração de pessoas em locais fechados e com pouca ventilação. No frio, as pessoas deixam as janelas de casa, do carro e do ônibus fechadas e limitam a circulação do ar, explica o chefe da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Renato Lopes.
De acordo com o boletim divulgado ontem, o Paraná contabilizou 198 casos de gripe no Estado desde o início do ano com 28 óbitos. 89% dos casos confirmados (176) são referentes à contaminação pelo vírus Influenza A (H3) Sazonal, que já circula em todo o Estado do Paraná.

Frio pode ter matado morador de rua
Um homem de 41 anos foi encontrado morto na Praça Tiradentes, no Centro, na manhã de ontem. Ele já era atendido pela FAS desde 2003, foi encontrado em óbito por colegas, que dormiam no mesmo local. A Polícia Militar e a FAS fizeram o primeiro atendimento e após a constatação da morte pela equipe do Samu, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal. A FAS aguarda o laudo para verificar a causa da morte.
Colegas de Adilson relataram que ele havia sofrido duas convulsões nos últimos dias. Adilson era atendido pelo Consultório na Rua e sempre descartava atendimento e acolhimento pela FAS. Ele também havia feito tratamento para dependência química.
Das 195 abordagens feitas pela FAS até a noite de terça-feira, 55 pessoas recusaram encaminhamento e permaneceram no local, mesmo com as temperaturas baixas.