SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Coreia do Norte registra sua pior seca desde 2001 e, por isso, enfrenta grave escassez de alimentos, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (20) pela FAO (agência das Nações Unidas para alimentação). O documento diz que o baixo volume de chuvas afetou as safras de arroz, milho, batata e soja e que o país precisará recorrer a importações de alimentos durante os próximos três meses para garantir o abastecimento de seus 25 milhões de habitantes. A FAO estima que a produção da safra inicial despencou 30% em comparação com 2016 e que a situação vai piorar. Vincent Martin, representante da FAO na China e na Coreia do Norte, disse que havia expectativa de forte impacto da seca na cidade de Nampo e nas províncias que respondem por quase dois terços da principal safra. “Intervenções imediatas são necessárias”, afirmou Martin. “É fundamental agora que os agricultores recebam assistência agrícola adequada e oportuna incluindo equipamento de irrigação.” A Coreia do Norte sofreu uma fome devastadora na década de 1990 e tem contado com ajuda internacional para garantir o abastecimento de comida, mas o apoio caiu acentuadamente nos últimos anos. Isso ocorreu pela relutância do regime do ditador Kim Jong-un em permitir o monitoramento da distribuição de alimentos e em parte devido a sanções implementadas para punir a Coreia do Norte por seu programa nuclear.