O empate por 1 a 1 contra a Luverdense, fora de casa, conquistado graças ao primeiro gol do atacante Alemão pela camisa paranista, logo na estreia do técnico Lisca, prodiziu reações diferentes dentro do Paraná Clube. De um lado, a sensação de dever cumprido, uma vez que o time conseguiu pontuar jogando longe de seus domínios. Do outro, o desapontamento por não ter conseguido os três pontos num jogo em que teve a maior parte do tempo um jogador a mais em campo e maior volume de jogo.
O lateral-esquerdo Igor, por exemplo, tratou de olhar para os aspectos positivos da partida. A gente sabia que jogar aqui no Mato Grosso era difícil, viagem longa. O que valeu é o ponto positivo da equipe, lutamos até no final.
Já o atacante Alemão, autor do gol solitário do Paraná, cobrou mais do time, em especial do setor ofensivo. Para ser sincero, pelo que foi a partida, acho que não foi um bom resultado. Vamos valorizar um ponto fora de casa, pelo campeonato, por pontuar, mas nosso time jogou praticamente o jogo inteiro com um homem a mais. Caprichar um pouquinho mais na criação para a gente poder finalizar mais e fazer mais gols.
Em sua primeira entrevista pós-jogo como técnico do time paranaense, Lisca empregou em seu discurso o mesmo tom adotado pelo artilheiro. Faltou eficiência, transformar o volume em gols. Faltou competência na última zona, na última linha. A gente poderia ter saído com a vitória.
Em termos de tabela, a situação do Paraná praticamente não mudou com o resultado, com o clube permanecendo entre o céu e o inferno. Décimo segundo lugar com 21 pontos, o time tem quatro de vantagem sobre o próprio Luverdense, 17º colocado. Olhando para a outra ponta, são cinco pontos de diferença com relação ao Vila Nova, quarto colocado. Nas próximas duas rodadas, dois jogos em casa, contra Santa Cruz e CRB, para tentar engatar a marcha e deixar o limbo.
