ROBERTO OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Dejan Petkovic não responde mais pelo Vitória. Em meio à grave crise política e esportiva que se instalou no clube, ele foi demitido pelo presidente em exercício, Agenor Gordilho, após reunião na manhã desta segunda-feira (24).

A passagem de Pet pelo Vitória foi curta, mas intensa. Em pouco menos de três meses no clube, ele foi gerente de futebol, treinador interino e diretor executivo. Nos últimos jogos, com a equipe na vice-lanterna do Brasileirão, seu nome era o principal alvo de críticas dos torcedores no Barradão.

Em sua última função, o sérvio foi responsável pela contratação de diversos jogadores, a exemplo de Neilton e Carlos Eduardo, e do técnico Alexandre Gallo, demitido na última sexta (21). Até a manhã desta segunda, o próprio Petkovic comandava a procura por um novo técnico. Os dois nomes que surgiram com mais força foram Vagner Mancini e Paulo César Carpegiani. ambos sondados pelo Vitória para tentar evitar o rebaixamento.

Além das críticas externas, o sérvio também sofria pressão internamente. Segundo relatos de pessoas que vivem o dia a dia na Toca do Leão, ele não tinha boa relação com o elenco e vinha acumulando desgastes no clube. No sábado (22) passado, aliás, Pet teve que tratar do tema em entrevista coletiva após a derrota no Barradão para a Chapecoense.

Questionado sobre a suposta má relação com o elenco, ele disse que seu trabalho vinha sendo “muito bem feito” e negou qualquer rusga com os jogadores. Menos de 48h depois, Petkovic tornou-se mais uma vítima da turbulência que vive o Vitória. Sua saída se soma à do ex-diretor de futebol, Sinval Vieira, à do diretor jurídico, Augusto Vasconcelos, e à “queda” do próprio presidente Ivã de Almeida, que pediu licença de 90 dias após ficar totalmente isolado politicamente no clube.