Coreia do Norte — A Coreia do Norte ameaçou lançar um ataque nuclear no coração dos Estados Unidos, caso o governo do presidente Donald Trump tente realizar alguma mudança no regime de Kim Jong Un, informou a agência de notícias estatal norte-coreana ontem. Na semana passada, em um fórum, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, Mike Pompeo, fez alusão à possibilidade de uma mudança no regime norte-coreano. Se os EUA se atreverem a mostrar até o menor sinal de tentativa de remover nossa liderança suprema, lançaremos um golpe implacável no coração dos EUA com o nosso poderoso aparato nuclear, disse a KCNA. De acordo com a agência norte-coreana, as observações de Pompeo passaram do limite, e agora ficou claro que o objetivo final do governo Trump é a mudança de regime. O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Cho Myoung-gyon, se reuniu nesta terça-feira com o embaixador japonês Yasumasa Nagamine para tratar da situação na Península. Enquanto isso, um dos encarregados das negociações nucleares da Rússia, Oleg Burmistrov, visitou a Coreia do Norte para tratar do quadro, segundo a imprensa estatal norte-coreana. De acordo com uma autoridade militar citada pela rede americana CNN, há sinais de que a Coreia do Norte prepara mais um teste de míssil. O governo de Seul afirmou que monitora atentamente a situação, mas que não discutirá abertamente questões de inteligência.

Sanções
Estados Unidos — A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por 419 votos a 3 a nova rodada de sanções contra a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte. O projeto volta ao Senado, onde não há data prevista para a votação. Apesar do forte apoio parlamentar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, era contrário ao projeto e somente chegou a um acordo com os congressistas no final de semana. O republicano havia sinalizado que poderia inclusive vetar a lei. O texto do projeto de lei justifica as sanções contra a Rússia por causa da suposta interferência de Moscou na campanha presidencial americana do ano passado. Já as restrições contra o Irã e a Coreia do Norte se devem aos programas nucleares.

Juízes
Venezuela — A Assembleia Nacional da Venezuela (AN) denunciou ontem que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) deteve outros dois juízes que esse Poder Legislativo nomeou na sexta-feira passada como magistrados do Supremo para substituir os atuais, que o Parlamento considera ilegítimos. Sebin (do estado de) Anzoátegui detém os magistrados recém-juramentados pela AN, Jesús Rojas Torres e Zuleima González, informou o Parlamento venezuelano no seu perfil oficial no Twitter. No último sábado, o serviço de inteligência venezuelano já havia detido o magistrado Ángel Zerpa, apenas um dia depois que ele foi nomeado pelo Parlamento. Com isso, já são três os juízes detidos depois de serem juramentados como magistrados do Supremo.

Migração
Estados Unidos — A representante especial da ONU para Migração Internacional, Louise Arbour, destacou, em Nova York, as contribuições fundamentais dos migrantes a seus países de origem, que em 2016 totalizaram US$ 429 bilhões em remessas. Segundo ela, trata-se de uma das contribuições mais tangíveis de migrantes para que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em seus países de origem. Louise Arbour destacou durante uma sessão sobre um pacto global sobre migração e a contribuição da mesma para o desenvolvimento sustentável, que as remessas dos imigrantes a nações em desenvolvimento tiraram milhões de famílias da pobreza e representam um valor três vezes maior do que a assistência oficial a estes países.

Protestos
Israel — As principais instituições muçulmanas nos territórios palestinos pediram ontem aos fiéis para continuar com os protestos nas proximidades da Esplanada das Mesquitas, apesar da retirada pelo governo de Israel dos polêmicos detectores de metal do local e até que sejam esclarecidos os controles que serão colocados em substituição. Em comunicado, representantes do Waqf (organização que administra o lugar) e o líder islâmico Mohamed Hussein, por exemplo, pediram a garantia de livre acesso para oração nesse espaço sagrado, que abriga a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha. Israel retirou nesta madrugada os arcos metálicos, mas anunciou que os aparelhos serão substituídos por câmaras inteligentes que controlariam o acesso.