Embora não seja ainda tão comum os homens deixarem o mercado de trabalho para cuidar dos filhos e da casa, essa tendência tem aumentado com o passar dos anos. Foi o que constatou pesquisa recém elaborada pela Catho com 3.164 participantes, que apontou que 18,5% dos homens optaram pelos cuidados com os filhos e deixaram seus empregos. Em 2014, esse índice era de 16,1%.

Esses dados demonstram que se trata de uma mudança, ainda que tímida. E a tendência é que esses números aumentem com o passar dos anos, mostrando que os homens, cada vez mais, estão dispostos a se dedicar integralmente aos filhos. A consequência disso pode ser a equiparação entre homens e mulheres, gerando mais diversidade para o mercado, explica o diretor de RH da Catho, Murilo Cavellucci.

A pesquisa da Catho apontou também que a maioria dos pais gostaria de passar mais tempo com os filhos e cônjuge. Para 61,1% deles, por causa do trabalho, o tempo com a família não é suficiente; 29,7% dos homens fariam mais passeios, caso tivessem tempo disponível; já 25,4%, gostariam de estar mais presentes em momentos importantes e 22,2% dos homens participariam mais da educação dos filhos.

A questão do tempo também é um ponto importante no que se refere à licença paternidade. Entre os entrevistados, 54,8% afirmaram que, diferentemente dos cinco dias a que têm direito a maioria dos homens, até 30 dias seria o ideal para estar com a esposa e o filho recém-nascido. Somente 9,5% informaram que 4 meses ou mais seriam perfeitos para a licença paternidade.

“São dados que refletem o grande dilema dos profissionais atuais, que é equilibrar trabalho com momentos em família. E é por isso que as pessoas estão cada vez mais buscando qualidade de vida no ambiente de trabalho, a fim de valorizar esse convívio com os filhos, afirma Cavellucci.