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ELIANE TRINDADE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Roberta Luchsinger anunciou nesta quinta-feira (17) que irá dobrar o valor da doação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do valor inicial de R$ 500 mil para R$ 1 milhão.
“Vou incluir uma caixa de joias e outros bens”, afirmou a herdeira à Folha de S.Paulo, após a decisão do juiz Felipe Albertini Nani Viaro, da 26ª Vara Cível, que a impede de entregar a “Bolsa Lula” até a quitação de uma divida em execução judicial com uma empresa de decoração, conforme noticiou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
“É perseguição”, diz a neta de Peter Luchsinger, acionista do banco Credit Suisse, morto em julho. “Meus advogados vão provar que também estou processando a empresa.”
Segundo ela, a decisão de suspender a doação é mais um capítulo na perseguição da Justiça ao ex-presidente. “Interpreto como é proibido doar ao Lula. Qual é a próxima proibição? É proibido o Lula ser ministro, é proibido Lula ser presidente em 2018.”
Roberta diz não temer que a decisão judicial desfavorável prejudique o movimento de socorro financeiro ao petista, lançado por ela na semana passada, como reposta ao bloqueio de quase R$ 10 milhões em planos de previdência e contas bancárias pela Lava Jato, após a condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá.
A herdeira cita como exemplo de engajamento o caso de sua filha, Guilhermina, 5, fruto do casamento com o ex-deputado Protógenes Queiroz.
“Minha caçula vai doar o iPad dela para os netos do Lula, que tiveram os tabletes apreendidos durante uma operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente”, diz Roberta.
A ideia é que o iPad seja doado junto com dinheiro, joias, roupas e acessórios de grife que vão rechear uma mala da marca Rimowa a ser entregue ao petista em data ainda em negociação com assessores do ex-presidente.
Antes, porém, Roberta terá que acertar as contas com a Justiça.