SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário de Mobilidade e Transporte da gestão João Doria (PSDB), Sergio Avelleda, afirmou no sábado, em um encontro com blogueiros especializados em transporte, que a SPTrans (São Paulo Transportes) estuda reduzir o número de ônibus em circulação durante a madrugada.
O argumento é que o preço do transporte por passageiro durante a madrugada é de R$ 7,57, enquanto a média geral do sistema é de R$ 2,57 por passageiro. Ao todo, segundo a SPTrans, o serviço custa R$ 7,5 milhões ao mês.
A estruturação do ônibus da madrugada foi feita pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) em fevereiro de 2015 e se tornou uma das marcas da gestão do petista na área de transportes. A rede noturna é composta por 544 veículos, em 150 linhas.
Em julho deste ano, segundo o Diário do Transporte, um dos veículos participantes do encontro, 991.869 pessoas usaram as linhas noturnas. Segundo o site, Avelleda responsabilizou a crise financeira para justificar a possibilidade de cortes. “O ideal seria até expandir o serviço, mas o problema é que nós temos um cobertor que está muito curto. Talvez quando implantaram esta rede noturna, tinha uma realidade financeira mais favorável”, disse. A SPTrans afirmou por meio de nota que o sistema noturno está sendo avaliado e “não há previsão de mudança”.