BELA MEGALE E REYNALDO TUROLLO JR.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, preso em Brasília, acertou os termos do acordo de delação premiada que vinha negociando há cerca de três meses com a Procuradoria-Geral da República.
Segundo pessoas envolvidas nas tratativas do acordo, as negociações foram finalizadas nesta segunda (21) e a previsão para a assinatura é nesta terça (22).
Depois, o acordo será enviado pelos procuradores ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ser homologado (validado). O teor da delação é mantido em sigilo.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, o foco principal é o grupo político conhecido como “PMDB da Câmara”, do qual faz parte o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso no Paraná. Funaro deverá entregar provas de pagamentos de propina.
Preso na penitenciária da Papuda, o operador foi transferido nesta segunda (21) para a carceragem da Polícia Federal, onde investigados que negociam delação costumam ser levados para prestar depoimento.
Na semana passada, após assistir a uma audiência na Justiça Federal em Brasília, Funaro foi questionado e disse a jornalistas que “ainda tem” o que entregar aos investigadores sobre o presidente Michel Temer, um de seus possíveis alvos na delação.