Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizam na manhã desta terça-feira, 22 de agosto, uma ação para alertar à população que todos perdem, clientes e bancários, e somente o Bradesco ganha com a manutenção de lucros bilionários às custas de tarifas e juros abusivos, demissões e condições precárias de trabalho.

 

“Nós estamos entregando um material para os clientes para que todos saibam disso, que os dois lados perdem, que o Sindicato sempre foi um aliado da população e dos trabalhadores para que o atendimento nas agências seja digno, como deve ser toda prestação de serviço público. Mesmo os prestados por bancos privados. Queremos a valorização dos trabalhadores, o fim das demissões e alertar que as tarifas praticadas são abusivas”, explica Cristiane Zacarias, representante do Paraná na COE Bradesco.

 

Os atos foram realizados no início da manhã nos centros administrativos Hauer, Kennedy, Xaxim e Palácio Avenida, e também, após a abertura das agências bancárias no Centro de Curitiba. A abordagem de “porta de fábrica” é necessária desde a incorporação do HSBC pelo Bradesco, ocorrida em outubro de 2016, quando o Sindicato foi impedido pelo banco de entrar nos locais de trabalho para a distribuição de jornais. “Isso é prática antissindical pois sequer temos acesso aos trabalhadores dos centros administrativos para conversar”, denuncia Karla Huning, secretária-geral do Sindicato.

 

A população recebeu um folder com denúncias sobre as demissões em massa praticadas pelo Bradesco, mesmo após decisão judicial impedindo isso, com esclarecimentos sobre os juros e as tarifas e, ainda, com um alerta sobre a importância de mais funcionários dentro das agências físicas, que estão sendo substituídos compulsoriamente por atendimento digital, o cliente bancário querendo ou não.

 

O ato é organizado em todo o Paraná pela Fetec-CUT-PR e sindicatos filiados.