O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou um crescimento de 4,4% em agosto. Elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o ICF voltou a crescer no Paraná. Ao subir de 90 pontos em julho para 94 pontos em agosto, a ICF teve crescimento de 4,4% com relação ao mês anterior e recuperação de 10,2% com relação a agosto de 2016. O indicador nacional ficou em 77,3 pontos, mantendo-se estável na variação mensal e cresceu 11,5% em relação a agosto do ano anterior.

A Perspectiva de consumo, um dos principais indicadores que compõem a ICF, vem apresentando altas expressivas desde setembro de 2016, e apontou retomada de 49,9% em agosto deste ano contra o mesmo mês de 2016. Comparada a julho desse ano a diferença é positiva em 6,4%. Os dados nacionais mostram elevação de 29,9% com relação a 2016 e queda de 1,5% na comparação com julho.

Apesar da recuperação da ICF, em parte por causa dos esforços do governo em incentivar o aumento no consumo, o índice ainda não conseguiu atingir a pontuação ideal, acima de 100 pontos, limitados a 200 pontos, sendo que somente ultrapassando essa linha poderá ser considerado positivo.

Dos indicadores que compõem a pesquisa no âmbito estadual, apenas o item Momento para compra de bens duráveis teve queda (-1,6%) quando comparado ao mês anterior. Na análise anual, esse componente teve alta de 5,4%.

 

Variações mensais entre classes

Quando se avalia a renda das famílias entrevistadas, verifica-se divergência em quase todos os tópicos da pesquisa. De modo geral, é possível observar que os consumidores das classes A e B estão mais pessimistas. Nesta faixa econômica, a ICF caiu 1,1%. Já entre as classes C, D e E o indicador cresceu 5,7% na variação mensal.

A maior diferença entre as faixas de renda está no tópico Perspectiva profissional, que aumentou 15% para os paranaenses que recebem até 10 salários mínimos. Entre aqueles que ganham acima deste patamar houve queda de 5,3% na projeção de futura melhora profissional.

A Renda atual teve queda de 3,6% entre as famílias mais abastadas, enquanto subiu 2% entre as classes C, D e E. A Perspectiva de consumo também reduziu nas classes A e B (-3,4%) de julho para agosto. Por outro lado, nas famílias com renda até 10 salários mínimos, deu um salto de 8,8%.