O sistema de transporte de Curitiba perdeu em média 73 mil passagens por dia entre os meses de março e junho deste ano. A alta da tarifa para R$ 4,25 no início do ano e a oferta de transportes por aplicativos, como o Uber e o Cabify, parecem ter ajudado a esvaziar os ônibus da cidade. Segundo o sindicato das empresas de transporte de Curitiba, o Setransp, houve uma queda de 13% no número de pagantes entre março e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o Setransp, de 1º de março a 31 de julho de 2016, 87.503.861 usuários pagaram tarifa em Curitiba. O número caiu para 76.293.368 pagantes nos mesmos 153 dias deste ano. Não são levados em conta descontos nem isenções de tarifa (para idosos, por exemplo). Descontado o período de paralisação de cobradores e motoristas, a queda em relação a 2016 é de 9% no número de passageiros pagantes. Os ônibus pararam no dia 15 de março e a greve terminou no dia 22.

O número de pagantes vem despencando desde 2011, início do contrato atual, depois que as empresas foram selecionadas pela licitação aberta na épcoa. Naquele ano, foram 246,89 milhões de passagens pagas, 20% a mais que em 2016 (197 milhões de pagantes). Em 2012, foi registrada uma queda de 2%, com 241,24 milhões de passageiros pagantes. O número caiu para 239,16 milhões em 2013 (queda 0,8%); para 227,04 milhões em 2014 (5%); para 211,78 milhões em 2015 (redução de 7%); e para 197,06 milhões em 2016 (queda de 6,6%).

Desde 2011, o número de passagens pagas vem ficando atrás das previsões da Urbs, empresa de economia mista que gerencia o transporte coletivo na capital paranaense. Para o ano passado, por exemplo, a previsão da Urbs era fechar o ano com 211,86 milhões de passageiros pagantes – mas dezembro terminou com 197,06 milhões de passagens pagas ao longo de 12 meses.