RICARDO AMPUDIA, ENVIADO ESPECIAL* SAN FRANCISCO, EUA (FOLHAPRESS) – Não são só as montadoras de carros que estão explorando a era da internet das coisas. A chinesa Mobike, que opera quase sete milhões de bicicletas compartilhadas em 160 cidades, anunciou nesta semana uma “smartbike” que se conecta à internet. O modelo, que deve chegar primeiro aos Estados Unidos, poderá fornecer dados de localização, manutenção e até de desempenho do usuário. O protótipo é uma colaboração com a Qualcomm e a AT&T, duas empresas que têm investido em projetos de cidades inteligentes para a chegada do tão esperado 5G. Durante a exibição no Mobile World Congress, em San Francisco, a AT&T mostrou planos do que pretende para uma cidade do futuro, com células de captura e análise de dados em postes capazes de detectar problemas de tráfego, ajudar na coleta do lixo, repassar informações à polícia e melhorar a eficiência da iluminação. A disponibilização desses dados para os governos ajudaria a melhorar a gestão das cidades e a tornar o trânsito mais seguro. Especialistas ponderam que, apesar de empolgante, as cidades inteligentes dependem de regulamentação das prefeituras, que ainda não têm legislação específica para a instalação desse tipo de aparelhos. As novas tecnologias também esbarram em aspectos da violação de privacidade. *O jornalista viajou a convite da GSMA