SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um segundo homem foi preso por suspeita de envolvimento com o ataque que feriu pelo menos 30 pessoas no metrô de Londres na última sexta-feira (15). Segundo a polícia britânica, o homem de 21 anos foi detido antes da meia-noite de sábado (16), no subúrbio de Hounslow, na periferia oeste da capital britânica. Assim como o primeiro suspeito detido, ele não teve a identidade divulgada. Na manhã de sábado, as autoridades já haviam prendido um suspeito de 18 anos, na região portuária de Dover, no sul do país. A polícia investiga se o jovem carregou e instalou a bomba caseira na estação de Parsons Green ou se ele desempenhou um papel de apoio ao atentado. As duas prisões indicam que a polícia e os serviços de segurança britânicos acreditam que o ataque na estação Parsons Green foi parte de uma ação coordenada, e não realizado por uma única pessoa. As autoridades ainda investigam se existem outros envolvidos com o caso. Com a segunda prisão, autoridades britânicas reduziram o nível de ameaça terrorista de “crítico” para “grave”, o que significa que a probabilidade de novas ações não é mais considerada imediata, mas sim “altamente provável”. O ataque -o quinto ocorrido nos últimos seis meses no Reino Unido- foi reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico. INVESTIGAÇÕES A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, afirmou neste domingo que é “muito cedo” para saber se o primeiro suspeito detido já era conhecido das autoridades. Na sexta, declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugerindo que a polícia poderia ter evitado o atentado, irritaram a primeira-ministra, Theresa May, que afirmou que não era proveitoso que “qualquer um fizesse especulações”. Amber disse também que não há evidências de que o Estado Islâmico estava envolvido no ataque. “É inevitável que o chamado Estado Islâmico tente assumir a responsabilidade. Não temos evidências que sugiram isso ainda”, disse a ministra à rede BBC. Com as investigações em andamento, a chefe da polícia de Londres, Cressida Dick, afirmou que vê progressos. “Fizemos avanços consideráveis e continuaremos fazendo o nosso melhor para reduzir as ameaças nesse país”, disse Cressida, também à emissora BBC.