O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) revisou os dados sobre tremores no Paraná na madrugada desta segunda-feira (18) e descartou um abalo sísmico em São Jerônimo da Serra, como foi afirmado antes.  O Centro, no entanto, confirmou o  tremor na região de Rio Branco do Sul / Itaperuçu no Paraná, distante aproximadamente 45 km da capital Curitiba. Segundo ele,s o tremor ocorreu às 0h16m (h. de Brasília) da madrugada desta segunda-feira e atingiu uma magnitude de 3.5 na escala Richter.

De acordo com o Centro, tremores de terra ocorrem todas as semanas no Brasil, mas a grande maioria deles não é sentido pela população. !Este tremor do Paraná ocorreu próximo à áreas urbanas e por isso várias pessoas sentiram, causando um pouco de susto. Contudo, não recebemos nenhum relato de danos”, diz comunicado.

 Segundo o Corpo de Bombeiros, foi possível sentir o tremor por alguns segundos e muitos moradores também ligaram para a corporação. Não há informações de feridos, mas há varios registros de rachaduras em casas e prédios. 

Há relatos de tremores também em Itaperuçu, Almirante Tamandaré e Curitiba, nos bairros Portão, Ahú, São Lourenço e Fazendinha,  mas os bombeiros não registraram pedidos de ajuda, apenas questionamentos. 

A Defesa Civil do Paraná confirmou que até as 8 horas ainda não havia chamado para apoio do Corpo de Bombeiros ou da Polícia Militar em nenhuma das duas bases, mas monitora a situação. 

Outros casos – Em janeiro do ano passado, um abalo sísmico assustou moradores de Londrina (PR) e cancelou o expediente no Fórum Criminal da cidade. Como o prédio era antigo e já tinha rachaduras, um bombeiro que estava em uma audiência recomendou que todos deixassem o local por precaução. Os episódios antecederam em um dia uma série de problemas, como rachaduras e danos em pontes e prédios públicos da cidade, atribuídos às fortes chuvas. À época, o geólogo José Paulo Pinese, docente da UEL que estuda os tremores, disse que estavam investigando com cautela um possível elo entre estragos na cidade e os abalos. “O solo de Londrina é de um tipo que pode entrar em colapso, se contraindo quando saturado de água. Um tremor até pode potencializar o colapso do solo, gerando mudanças na superfície, como trincas em construções”, disse Pinese. Entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a cidade paranaense registrou 11 microtremores de terra, com magnitude de 1,1 a 1,9 grau na escala Richter.

Várias moradores de Rio Branco do Sul postaram fotos de rachaduras em suas casas. Veja algumas: