Os vereadores votam hoje, em primeiro turno, um dos últimos itens ainda pendentes do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em março. O projeto prevê a criação de um fundo complementar de previdência – o CuritibaPrev – para os futuros servidores públicos da Capital, com limite de aposentadorias vinculado ao teto do INSS, hoje de R$ 5.531,31 mensais. Quem quiser receber acima desse valor, terá que contribuir com o novo fundo ou com um plano de previdência privada.
Assim como aconteceu com outras mudanças na previdência do funcionalismo municipal já aprovadas no primeiro semestre, os sindicatos que representam a categoria prometem manifestação na Câmara contra a iniciativa. Em junho, os vereadores aprovaram – sob intensos protestos – outro item do pacote de Greca, que elevou de 11% para 14% as contribuições dos servidores para o Instituto de Previdência Municipal de Curitiba (IPMC). Também foi aprovada na época a devolução para a prefeitura de R$ 600 milhões que haviam sido repassados ao IPMC em administrações anteriores, a título de contribuição patronal para servidores já aposentados. As medidas foram aprovadas em sessões especiais na Ópera de Arame, após quatro invasões da Câmara por servidores e manifestantes contrários às medidas, sob forte cerco policial e confrontos que deixaram 24 pessoas feridas.
Além dos servidores efetivos, a previdência complementar abrangeria os vereadores; comissionados, ocupantes de cargos temporários e de empregos públicos, funcionários de autarquias, fundações públicas e privadas, sociedades de economia mista e empresas públicas inclusive seus conselheiros e dirigentes; e os empregados e dirigentes e entidade gestora do CuritibaPrev.