ANA LUIZA ALBUQUERQUE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) protestou na tarde desta terça-feira (19) em frente ao escritório da Presidência em São Paulo, na avenida Paulista. O grupo reivindicou a liberação de recursos que teriam sido prometidos para a construção de 35 mil casas. Eles também pediram que a moradia social entre no orçamento da União no ano que vem. O líder do movimento, Guilherme Boulos, prometeu levar o MTST às ruas “todo santo dia” caso as exigências não sejam atendidas. A manifestação faz parte da “Jornada por Moradia e Trabalho”, que aconteceu também em outras cidades, como Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre.

Em São Paulo, a marcha saiu da estação da Luz, no centro, com o objetivo de chegar ao Ministério da Fazenda, nas proximidades. Ao encontrar as portas do prédio fechadas, Boulos sugeriu, do carro de som, continuar a caminhada até o escritório. “O Ministério da Fazenda abre a porta para banqueiro e fecha a porta para o povo. Se a gente quisesse dar uma puxadinha nessa porta a gente fazia”, disse Boulos. O líder também criticou o governo de Michel Temer por liberar verbas para emendas parlamentares, mas não para a construção de moradias. “No mês passado o Brasil todo viu Temer comprar deputado para salvar o pescoço. Foram mais de quatro bilhões de reais. Daria para construir 45 mil casas”, afirmou. Boulos estimou que mais de 30 mil pessoas participaram do ato, que foi acompanhado pela Polícia Militar.