NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar do Rio realizou nesta terça (19) operações em seis favelas do Rio. O objetivo era buscar acusados de participar da invasão da Rocinha no último domingo, mas não houve presos. Um suspeito ficou ferido em confronto com os policiais e foi encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Na operação, a polícia apreendeu armas e drogas.

Foram alvos da ação a própria Rocinha, o Vidigal, Chapéu Mangueira e Babilônia —todas na zona Sul— além de São Carlos e Macacos, na zona Norte. Traficantes das duas últimas teriam ajudado o grupo do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, a tentar retomar o comando do tráfico de drogas da Rocinha. Do Chapéu Mangueira e Babilônia partiram homens para reforçar o grupo de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que substituiu Nem após sua prisão, em 2011. Os dois grupos se enfrentaram na Rocinha na manhã de domingo (17), em um confronto que deixou pelo menos três mortos e três feridos.

No dia seguinte, em operação policial na comunidade, outra pessoa morreu e três foram presos. A operação desta terça contou com equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), do Batalhão de Ações com Cães e do Batalhão de Choque. O confronto com os traficantes ocorreu no Chapéu Mangueira, no Leme. Entre as armas apreendidas na operação, estão três granadas, um fuzil e carregadores.

Com as operações, 7.309 alunos da rede pública ficaram sem aulas, segundo a Secretaria Municipal de Educação. No total, 17 escolas, 6 creches e 3 espaços de desenvolvimento infantil ficaram fechados. A secretaria informou ainda que três escolas e três creches no Morro do Juramento, na zona norte da cidade, estão encerrando as atividades mais cedo no turno da tarde “devido a instabilidade de segurança em seu entorno”. Na sexta (15), o Juramento foi palco de outra briga de facções, que deixou ao menos sete mortos, segundo dados oficiais.