ALEX SABINO, GIANCARLO GIAMPIETRO E LUIZ COSENZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os profissionais que vão trabalhar como árbitro de vídeo no Brasileiro terão que fazer jornada dupla, pelo menos, nas primeiras rodadas com o uso da tecnologia.
Isso acontecerá porque a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tem poucos profissionais capacitados para gerir o novo sistema.
Assim, os juízes que trabalharem nos jogos de sábado também estarão nas partidas de domingo desde que os confrontos sejam realizados no mesmo Estado.
Pela 25ª rodada, quando a nova tecnologia poderá ser implantada, o profissional que trabalhasse no jogo entre Flamengo e Avaí, no sábado (23), na Arena Urubu, também desempenharia a função no dia seguinte, no duelo entre Fluminense e Palmeiras no Maracanã.
Do quadro de árbitros da CBF, pelo menos quatro já fizeram o teste como árbitro de vídeo: Sandro Meira Ricci, Wilton Sampaio e Anderson Daronco, que estão estão desde a semana passada na sede da Conmebol, em Assunção, participando de treinamentos teóricos sobre, além de Péricles Bassols.
Ricci ainda desempenhou a função durante a disputa da Copa das Confederações.
Já Bassols trabalhou nos dois jogos da final do Pernambuco, primeira experiência da tecnologia no país.
A falta de testes e a determinação repentina da utilização da tecnologia contaria a determinação da International Board, o órgão responsável pelas regras do jogo.
A entidade determina que tanto o profissional responsável pelo vídeo com o o árbitro principal precisariam fazer ao menos cinco amistosos, mantendo contato durante os testes.
Segundo a International Board, o árbitro de vídeo ainda tem de passar por um “treinamento offline”.
“Seria uma espécie de simulador, como se fosse um piloto de avião. Isso é essencial para aprender a usar a tecnologia. Nesses jogos, ele não tem qualquer contato com o árbitro principal”, explicou Lukas Brud, secretário-geral do órgão.
Nesta semana, a CBF pretende usar a Granja Comary, em Teresópolis, para treinar os árbitros que devem trabalhar na próxima rodada.