Uma grande quadrilha de falsificadores de cigarro foi presa ontem durante a Operação Sem Filtro, deflagrada pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) da Polícia Civil do Paraná. A ação policial aconteceu em quatro estados Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Foram descobertas duas fábricas clandestinas que produziam os cigarros falsificados.
Treze pessoas foram presas e três são consideradas foragidas. Em 19 mandados de busca foram apreendidos uma BMW, o ônibus usado por uma dupla sertaneja de Londrina, celulares e documentos que serão analisados, dando sequência ao trabalho policial.
De acordo Nurce, que conduziu as investigações durante um ano, o chefe da quadrilha foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 2000 pelo crime de contrabando depois de ser preso com várias caixas de cigarros contrabandeadas do Paraguai encontradas dentro de sua Kombi.
É uma fraude milionária, o potencial financeiro dessa quadrilha é enorme. Esse homem preso hoje como líder da organização foi preso em 2000 com uma mula de contrabando, uma Kombi de cigarros. Hoje em dia ele é dono de um império, são duas fábricas e duas gráficas, afirmou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.
De acordo com o delegado do Nurce, Renato Figueiroa, a quadrilha era basicamente dividida em três núcleos: o da fabricação do cigarro, que ficava inicialmente na Bahia e depois se transferiu para Minas Gerais; o das gráficas, concentradas em São Paulo; e o da lavagem de dinheiro, em Londrina, no Norte do Estado. O chefe do grupo era a única pessoa que tinha ciência de toda logística.