BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – O Congresso peruano começou, na última segunda (19), a debater o projeto de lei enviado pelo Executivo em fevereiro para legalizar o uso medicinal da maconha.
A medida, já aprovada em países da região, como Chile e Colômbia, permitiria a venda, sob prescrição, e o plantio individual, sob fiscalização, da droga, com vistas a atender a pacientes que sofrem de epilepsia e Alzheimer, e como paliativo para enfermidades terminais. A produção e o porte para uso recreativo permaneceria proibido.
O presidente Pedro Pablo Kuczinsky enviou o projeto ao Congresso depois de comover-se com o pedido de um grupo de mães de crianças doentes que mantinham um local de cultivo em Lima para produzir a droga para seus filhos.O local foi interditado pela polícia e impedido de funcionar.
O governo encomendou pesquisas e realizou consultas a especialistas antes de elaborar o projeto. Segundo um levantamento do instituto Ipsos, 65% dos peruanos defende a legalização para fim medicinal. O projeto já passou por comissões, mas agora enfrenta a parte mais difícil, a aprovação pelo Congresso de maioria oposicionista.