SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, se envolveu em polêmica com a NFL e NBA, ligas profissionais de futebol americano e basquete, ao criticar os atletas que protestam contra a discriminação racial ficando ajoelhados na execução do hino nacional. A prática começou em 2016 com Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers. Neste domingo (24), cerca de 100 jogadores da NFL protestaram se ajoelhando no campo. Na sexta (22), Trump perguntou para a plateia de evento se ela não “gostaria de ver um dos donos da NFL, dizer ‘tirem esse filho da mãe do campo agora mesmo, ele está demitido!’ quando um jogador se ajoelhar e desrespeitar a bandeira”. A discussão chegou à NBA na manhã de sábado, em um tuíte, no qual Trump retirou o convite para que o campeão Golden State Warriors fosse à Casa Branca. No dia anterior, o principal jogador do time, o armador Stephen Curry, disse que preferia não fazer a visita. Em resposta, Trump escreveu que “ir à Casa Branca é considerado uma grande honra para um time. Stephen Curry está hesitando, então o convite está retirado”. Em resposta, LeBron James, do Cleveland Cavaliers, mandou mensagem de apoio à Curry pela rede social: “ir à Casa Branca era uma honra antes de você [Trump] aparecer” O dono do New England Patriots, Robert Kraft, que apoiou a campanha de Trump, disse estar “desapontado pelo tom dos comentários do presidente na sexta.” O Golden State Warriors, em nota, afirmou que “não há nada mais americano do que o direito dos cidadãos se expressarem livremente sobre os assuntos importantes.” No sábado (23) , o protesto chegou à MLB, liga de beisebol, com o jogador Bruce Maxwell, do Oakland A’s, que explicou: “me ajoelho por aqueles que não têm voz.” Trump voltou ao tema neste domingo, ao tuitar que se os fãs da NFL parassem de ir aos jogos enquanto os protestos continuassem, uma mudança logo aconteceria. Em partida de futebol americano em Londres, atletas do Baltimore Ravens e do Jacksonville Jaguars se ajoelharam durante o hino. Integrantes do elenco do Pittsburgh Steelers preferiram ficar no vestiário, com exceção de Alejandro Villanueva, veterano do exército.