O mercado de drones, embora ainda incipiente, avança a largos passos no País, transformando-se em uma ótimo oportunidade de negócios, com grande potencial de geração de empregos. Em todo o Brasil, mais de 720 empresas já atuam no setor, segundo dados apresentados na feira Drone Show, realizado em maio deste ano, das quais pelo menos 15 estão em Curitiba.

Assim como costuma acontecer com frequência no setor de tecnologia, a principal tendência desse mercado é a pulverização em empresas de porte menor, sendo que a grande maioria (87%, dado da MundoGeo) atua principalmente na prestação de diversos tipos de serviços para atividades ligadas aos setores de comunicações e mídia, engenharia, propaganda e agropecuária.

Na Capital, um exemplo é a LKE Drones, criada há cinco meses pelos sócios Everton Sempkoski, André Barros e Lincoln Letuan. Além dos serviços de filmagens e imagens aéreas, a empresa também oferece assistência técnica e cursos de pilotagem. E tudo começou como um hobby em 2015, quando o trio começou a ajudar amigos que tiveram acidentes com seus drones.

O negócio explodiu nos últimos dois anos e meio, com crescimento entre 300 e 500% nos diversos serviços. É um crescimento sem freios. Todos os dias alguém me procura para conversar sobre todo tipo de assunto para drones e inclusive estamos crescendo a empresa, contratando pessoas. Estamos atrás de um técnico eletrônico, afirma Everton, de 33 anos.

A avaliação de Felipe Sant’Ana, proprietário da Curitiba Drones, é parecida. Há quase 10 anos atuando no setor audiovisual, entre 2011 e 2012 ele passou a utilizar drones em sua produtora. Aos poucos o primeiro negócio foi ficando para trás, ao ponto de hoje ele trabalhar exclusivamente com imagens aéreas, seja prestando serviços a outras produtoras ou atendendo clientes como construtoras, agências de publicidade e eventos e locação de equipamentos.

O setor está bastante aquecido e tudo indica que o mercado é bastante promissos e as perspectivas, boas. Os drones são aplicáveis em inúmeras áreas e com diversas funcionalidadas, do que resulta que ainda existem muitos mercados ocultos, que no futuro podem vir a ter demanda, além de muitas oportunidades a novos profissionais.


Regulamentação do setor saiu em maio
Em maio deste ano a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente regulamentou a operação de drones no país, medida esta que, espera-se, impulsionará o crescimento do setor nos próximos três anos.

Atualmente, o Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por RPAS (SARPAS) registra a existêncai de 1.161 operadores no país, com 288 equipamentos cadastrados.

Apesar das múltiplas possibilidades de utilização comercial e industrial, os drones ainda são utilizados no Brasil principalmente para fins recreativos, segundo aponta Everton Sempkoski, da LKE Drones.
Ainda segundo ele, o mercado é bem amplo, sendo que 80% das compras de drone e dos alunos que procuram o curso de pilotagem o fazem por lazer. A faixa etária, por incrível que pareça, vai dos 18 até os 65 anos, tanto homens como mulheres E aí a brincadeira também não tem idade.