O técnico do Paraná Clube, Matheus Costa, foi jogador de futsal nos anos 90 e trabalhou no Atlético Paranaense, no Coritiba, no Internacional e no Fluminense. Apesar de ter apenas 30 anos de idade, ele tem um currículo recheado de experiências no futebol profissional.

Joguei futsal no Paraná de 1996 até 2002 ou 2003. Conforme o passar do tempo, você vê se tem condições mesmo. O sonho de todo atleta é jogar no profissional. Quando vi que não tinha condições, quis estudar para trabalhar no futebol. Então, me formei em educação física e no curso já trabalhei no Trieste, onde tive a minha primeira oportunidade, contou Matheus, em entrevista para a rádio Banda B.

Fiquei no Trieste por quatro anos e meio e conquistei dois títulos nas categorias de base. Depois, tive uma proposta e aceitei para ser auxiliar nas categorias de base do Atlético. Tudo isso foi em apenas um ano. Meu trabalho seguinte foi em departamento no Coritiba que sai do campo, mas estudei muito os adversários e também perfis dos atletas, revelou o treinador. Neste período, eu acabei conhecendo os profissionais do Internacional e recebi uma proposta um ano e meio depois do Coritiba para fazer uma entrevista. Aproximadamente 15 dias depois me fizeram uma proposta para saber se queria ir para Porto Alegre, onde fiquei por três anos e meio. Tive a oportunidade de acompanhar o Internacional do Dunga, Abel Braga, Diego Aguirre e Argel. Paralelo a isso era treinador do infantil, explicou.

Em seguida, Matheus trabalhou no Rio de Janeiro. Também tive a oportunidade de trabalhar no Fluminense como analista de desempenho do profissional. No período até começar meu trabalho no Rio de Janeiro, fiquei 33 dias em Curitiba, auxiliei na base do Paraná e foi onde conheci o presidente Leonardo Oliveira, disse. Já no Fluminense, um mês depois, o Levir Culpi me puxou para ser auxiliar dele. Ganhamos a Primeira Liga, tivemos até uma boa campanha no Brasileiro e durante a competição, o presidente Leonardo perguntou se tinha interesse em voltar para Curitiba. No final do ano, ele contratou o Rodrigo Pastana que entrou em contato comigo e aceitei essa oportunidade de trabalhar em um clube grande como o Paraná. O Pastana deixou bem claro que a primeira missão era resgatar a autoestima da torcida. Chegamos em um nível que estamos buscando o tão sonhado acesso. De uma maneira muito feliz, a gente vê essa possibilidade e continua trabalhando para que isso aconteça, afirmou.

Matheus Costa começou 2017 como auxiliar da comissão técnica permanente do Paraná Clube. Depois da saída de Cristian de Souza, ele comandou o time na vitória sobre o Brasil-RS. Em seguida, com a demissão de Lisca, ele foi efetivado no cargo de treinador. Desde então, somou cinco vitórias e duas derrotas com o time. É o técnico mais jovem entre os 40 clubes das duas primeiras divisões do futebol brasileiro.