SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um relatório da consultoria de gestão Cornestone Global, divulgado pela emissora britânica “BBC”, aponta sobre os riscos de o Qatar não sediar a Copa do Mundo de 2022. O país, por sua vez, nega que a possibilidade exista. O estudo coloca a crise diplomática entre o Qatar e seus vizinhos como principal ameaça para o Mundial. Por isso, considera a iniciativa de 153 bilhões de libras (R$ 629,5 bilhões) um “projeto de alto risco”. Além disso, o relatório diz que especialistas no evento e no Oriente Médio afirmam que não há certeza quando à capacidade do Qatar de sediar a competição. “Fontes de construção no Qatar nos informaram que empresas que trabalham na Copa do Mundo, enquanto ainda não entraram em pânico, já sentem o impacto das sanções, com a logística se revelando dispendiosa e desafiadora para se reorganizar à luz dos fechamentos da fronteira com seus vizinhos”, diz o relatório. Questionado sobre a possibilidade, o comitê organizador da Copa de 2022 emitiu nota acusando os criadores do relatório de quererem criar dúvidas em relação à capacidade do Qatar. “A intenção de criar dúvida a respeito do torneio ao tentar causar ressentimento entre cidadãos do Qatar e a ansiedade entre empresas e residentes estrangeiros é tão transparente quando risível. Apesar do título ambicioso deste relatório, não há absolutamente nenhum risco para o futuro da primeira Copa do Mundo no Oriente Médio”, afirma a entidade. Como resposta ao comunicado, a Cornestone Global diz que o relatório é baseado em “extensa pesquisa” e diz que não foi patrocinado por nenhum governo ou empresa.