LUIZ COSENZO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Confirmado como titular da seleção brasileira para o duelo com o Chile, marcado para a próxima terça-feira (10), às 20h30, no Allianz Parque, o goleiro Ederson, 24 anos, do Manchester City, afirmou que espera aproveitar a chance para mostrar o seu potencial ao torcedor brasileiro. 

Natural de Osasco, o goleiro, que jamais atuou profissionalmente por uma equipe do país, foi confirmado por Tite na última terça-feira. Ele começou nas categorias de base do São Paulo, mas foi “mandado embora por telefone” em 2009. Na temporada seguinte, aos 16 anos, chamou a atenção de um olheiro da empresa do português Jorge Mendes, empresário do atacante Cristiano Ronaldo, e se transferiu para o Benfica. Oito anos depois, chegou ao Centro de Treinamento de seu primeiro clube com status muito mais elevado.

“Vai ser importante para eu me apresentar, mostrar meu futebol e fazer um bom trabalho. As três vagas de goleiro ainda estão em aberto. Tem muitos jogos para o Tite observar. Estou muito confiante para fazer a minha estreia na seleção principal”, disse Ederson, que durante a entrevista relembrou sua saída do São Paulo. “Fui mandado embora por telefone. É uma coisa que eu fiquei muito chateado e não soube lidar com aquilo. Quando eles ligaram, eu nem estava em casa. E, quando cheguei, minha mãe nem sabia como falar. Depois acabou contando, eu fui para o meu canto e chorei muito. Fiquei um mês sem pensar em futebol e aí voltei para a minha escolinha até ter a chance de ir para a Europa”, contou.

Depois de ser mandado embora do São Paulo e acertar com o Benfica, o goleiro foi emprestado para o Ribeirão, time da terceira divisão portuguesa. Virou titular aos 18 anos e rescindiu com o Benfica para assinar com o Rio Ave em 2012 e ter mais chances de jogar. Três anos depois, retornou ao clube de Lisboa, onde disputou posição com Júlio César na temporada passada. Ele desbancou o ex-goleiro da seleção brasileiras nas Copas do Mundo de 2010 e 2014.

Em junho, se tornou o segundo goleiro mais caro do mundo ao ser contratado pelo Manchester City. A pedido de Pep Guardiola, o clube inglês pagou 40 milhões de euros (cerca de R$ 144 milhões) para tirá-lo do Benfica. A negociação mais cara na posição foi a transferência do italiano Gianluigi Buffon, que custou 52 milhões de euros (R$ 188 milhões) em 2001, quando foi negociado pelo Parma com a Juventus.

Na entrevista, Ederson também demonstrou conhecer a seleção chilena. “Tem um ataque muito rápido. Tem o Alexis Sanchez, que é muito rápido e finaliza bem. A bola parada do Chile é muito forte”, completou.