DANILO LAVIERI SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Novidade da escalação de Alberto Valentim, Keno foi eleito pela maioria dos palmeirenses o dono da vitória do último domingo (15), contra o Atlético-GO. Com três assistências, o atacante foi decisivo para a equipe vencer a primeira sem Cuca. Engana-se, porém, quem diz que o atacante não tinha chances com o ex-técnico. Antes da última partida, o jogador já havia disputado 42 jogos na temporada —sendo 18 como titular. Os números dele, no entanto, eram modestos: sete gols no total de aparições e, no Nacional, nenhuma assistência.

Como o próprio jogador fez questão de ressaltar após o jogo, a sua contratação foi obra de Cuca. Depois de se destacar em 2016 pelo Santa Cruz, Keno foi indicado pelo ex-técnico como bom reforço para a temporada. Quando chegou, o atleta disputou boas partidas e engrenou uma sequência com Eduardo Baptista que até lhe rendeu o apelido de “Kenaldinho”.

Com o passar do ano, no entanto, caiu de produção e acabou colocado como opções do banco de reservas. Contra o Atlético-GO, Keno atuou pela direita e criou os três gols alviverdes por esse lado do campo. O próprio jogador, no entanto, já havia admitido em entrevistas que gostava de jogar pela esquerda por causa de uma de suas principais características: o corte para dentro. Quando chegou ao Palmeiras, no entanto, ele percebeu que teria poucas chances de jogar na sua parte favorita de campo por causa da presença de Dudu, capitão e camisa 7. Foi aí que ele começou a treinar pela direita, mas o desempenho nunca foi o ideal. Aos 28 anos, Keno assinou contrato até 2020 com a equipe paulista e chegou a ser alvo de disputas no mercado da bola. Para conseguir fechar com ele, o Palmeiras precisou vencer a concorrência de times importantes, como o Santos, por exemplo.