SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em sua viagem à Ásia em novembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, se encontrará com o líder filipino, Rodrigo Duterte, a quem já elogiou pela guerra às drogas que lhe renderam acusações de violações de direitos humanos.
O encontro deverá acontecer em paralelo à cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, que começa no dia 10 em Manila. Segundo a Casa Branca, as Filipinas deverão ser o último país visitado pelo presidente na turnê.
Ele, que deixa os EUA no dia 3, passará ainda por Japão, Coreia do Sul, China e Vietnã. Nos três primeiros, o principal assunto das reuniões com as autoridades deverá ser a tensão militar com o regime da Coreia do Norte.
Os elogios a Duterte foram feitos em telefonema em 29 de abril, no qual Trump chegou a convidá-lo a ir a Washington, mas recusou e chamou os EUA de irrelevantes. Entidades de direitos humanos criticaram o convite e o Congresso dos EUA abriu investigação sobre a ofensiva.
A guerra às drogas foi a principal promessa de campanha do filipino. Desde que tomou posse, em julho de 2016, pelo menos 7.000 pessoas foram mortas, em sua maioria por policiais e grupos de extermínio incentivados por ele.
Até o fim do ano passado, houve mais de 2.000 casos de pessoas mortas supostamente em confrontos, como mostrou a reportagem especial sobre as Filipinas. Testemunhas dizem que foram assassinatos comuns.
Embora o republicano o tenha elogiado, o filipino tem se aproximado dos governos da Rússia e da China. Duterte também é conhecido por ter xingado no ano passado o papa Francisco e o então presidente americano, Barack Obama.