SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), o etíope Tedros Ghebreyesus, que havia nomeado o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, “embaixador da boa vontade”, anunciou que ouviu aqueles que expressaram suas preocupações e decidiu revogar a nomeação.
“Nos últimos dias, refleti minha nomeação a Robert Mugabe como ‘embaixador da boa vontade’ da OMS na África. Como resultado, decidi rescindir a nomeação”, disse Tedros em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.
A decisão foi tomada neste domingo (22) após a indignação de grupos de doadores da OMS e de direitos humanos sobre o anúncio —além de autoridades que também se manifestaram contra.
O governo americano foi um dos críticos à nomeação. “A indicação claramente contradiz os ideais da ONU de respeito aos direitos humanos e à dignidade humana”, declarou, em comunicado neste sábado (21), o Departamento de Estado.
As autoridades do Canadá, da Irlanda e do Reino Unido também condenaram a medida. O diretor da ONG Welcome Trust, Jeremy Farrar, disse que Mugabe “não cumpre nenhum dos valores” que são esperados pela organização da ONU.