SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os eleitores das regiões italianas de Vêneto e Lombardia, no norte da Itália, votaram neste domingo (22) em um referendo não vinculante sobre o aumento de sua autonomia em relação ao governo central de Roma.
Vêneto conseguiu a participação de 52% do eleitorado, superando a barreira de 50% de comparecimento para validar o pleito. Já na Lombardia votaram cerca de 30% dos eleitores.
Os presidentes regionais da Lombardia, Roberto Maroni, e de Vêneto, Luca Zaia, negociam maior autonomia fiscal e na elaboração de políticas relacionadas à segurança, imigração, educação e meio ambiente. Ambos são da Liga do Norte, partido de direita nacionalista liderado por Matteo Salvini.
Embora não impliquem mudança obrigatória, as consultas populares podem dar aos presidentes das regiões vantagem nas negociações com o governo.
Algumas mudanças almejadas são vistas como de difícil concretização. As políticas orçamentária, migratória e de segurança são atribuições do governo central previstas na Constituição.
Diferentemente do que ocorre na Catalunha, o referendo italiano não busca independência e foi aprovado pela Suprema Corte do país. Ainda assim, ele é encarado por especialistas como uma ameaça a Roma.
Juntas, a Lombardia e Vêneto produzem 30% do PIB italiano e possuem quase 25% do eleitorado. A votação deste domingo é vista como um termômetro para a eleição nacional de 2018.