O governo do presidente Mauricio Macri obteve no domingo um amplo respaldo popular nas eleições legislativas da Argentina. Com isso, ele poderá avançar no Congresso com uma série de reformas importantes e também reforçar sua posição para disputar a reeleição em 2019. Também no domingo, porém, a ex-presidente Cristina Kirchner, uma opositora de Macri, garantiu uma vaga no Senado. O grupo de Madri se impôs em Buenos Aires, o distrito mais populoso, que concentra 40% do eleitorado, bem como em outras províncias de forte peso eleitoral como Córdoba, Santa Fe e Mendoza, segundo os primeiros resultados oficiais difundidos pelo Ministério do Interior. “Hoje não ganhou um grupo de candidatos nem um partido, hoje ganhou a certeza de que podemos mudar a história para sempre”, afirmou Macri na noite do domingo. Em Buenos Aires, a coalizão governista Cambiemos ganhava com 41,39%, contra 37,24% da Unidad Ciudadana, de Cristina Kirchner, que governou o país entre 2007 e 2015. Ainda assim, o segundo lugar garantiu uma vaga no Senado para a ex-líder.

BREXIT
Negociações
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou que tem “um grau de confiança” de que a saída do país da União Europeia (Brexit) será capaz de passar para nova fase de negociações até dezembro. O país deseja começar a discutir o comércio e as futuras relações com o bloco. Líderes da UE comentam que não houve progresso sobre a quantia que o Reino Unido deve pagar. May afirmou que o Reino Unido pagará o que deve, mas o valor que ela sugeriu, cerca de 20 bilhões de euros, está aquém da estimativa da UE, de 60 bilhões de euros.

ITÁLIA
Autonomia
Os presidentes da Lombardia e Vêneto, na Itália, conclamaram a vitória do “sim” em um plebiscito realizado no domingo que buscava maior autonomia para as regiões. Os votos não eram vinculativos, mas os líderes das regiões vizinhas esperam influenciar o governo central da Itália com o resultado. A Liga do Norte, representada pelos governos de Lombardia e Vêneto, que é anti-imigração e anti-União Europeia, querem manter uma quantidade maior das receitas fiscais dos locais e ter autonomia sobre políticas imigratórias.

CHINA
Comércio
A China defendeu ontem seu comércio com a Coreia do Norte, com o argumento de que ele é permitido por resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, segundo as quais as sanções impostas ao país prejudicam suas “necessidades humanitárias”. Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang afirmou que a China “implementa estritamente” as sanções impostas contra Pyongyang por seus programas nuclear e de mísseis. Pequim já proibiu importações de carvão, minério de ferro.

CATALUNHA
Controle
A proposta que prevê a destituição do líder da Catalunha, Carles Puigdemont, deve ser votada pelo Senado espanhol na próxima sexta-feira. Elaborada no último sábado, após uma reunião do Conselho de Ministros, a proposta prevê a destituição de Puigdemont, além de limitar as funções do parlamento regional e convocar eleições no prazo máximo de seis meses. Se aprovada no Senado, o governo central assumiria temporariamento o controle da Catalunha. Na tarde de sábado, milhares de catalães foram às ruas de Barcelona protestar.