SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A comissão de reforma do estatuto do COB pretende buscar inspiração nas amplas adaptações que a IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) para basear suas propostas de mudança.
A IAAF promoveu profundas modificações estruturais desde 2015, quando o senegalês Lamine Diack deixou o comando e foi sucedido por Sebastian Coe.
Diack é acusado pela Justiça francesa de corrupção e acobertar casos de doping quando estava à frente da IAAF (1999-2015).
Assim como seu filho Papa Massata, também está envolto no suposto esquema de compra de votos para os Jogos de 2016 e 2020, do qual Carlos Arthur Nuzman é suspeito de participar como elo.
Desde que Coe ascendeu ao poder, a IAAF criou uma divisão de integridade para desenvolver sobretudo novas políticas de combate ao doping e promoveu renovação estatutária.
Naquele mesmo 2015, a associação suspendeu a Rússia de todas as competições internacionais, o que ainda não foi revogado.
José Antônio Fernandes, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo e membro da comissão de reformas do COB, acompanhou a reforma da IAAF e disse que as alterações de governança vão ao encontro do que o COB precisa.
O problema é o tempo, já que o comitê estipulou o prazo de 45 dias.”É muito curto”, afirma Marco Aurélio de Sá Ribeiro, outro membro da comissão do COB.