Os motoristas de Curitiba e região que trabalham com os aplicativos de transporte, Uber, Cabify e 99 Pop fazem uma manifestação na manhã desta segunda (30). Eles se concentraram no Parque Barigui e de lá, seguem até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. O protesto é contra a tramitação em regime de urgência no Senado do Projeto de Lei Complementar 258/2017, que trata da regulamentação dos serviços de transporte particular por aplicativo. A expectativa é que mil motoristas participem do protesto em Curitiba, segundo um dos organizadores, Guilherme Machado. Em todo o País, a expectativa é que 50 mil motoristas participem. A paralisação acontecerá em diversas cidades do País simultaneamente. A organização nacional também sugere a paralisação dos serviços, mas pelo em Curitiba isso não deve acontecer. 

Talvez o número de carros seja menor na hora do protesto, que não é de pico”, explica Machado. Um dos pontos do projeto prevê a exigência de placas vermelhas para os carros dos aplicativos. A exigência faria com que os carros só pudessem trabalhar em seus municípios de origem, o que, segundo eles, pode reduzir os ganhos dos motoristas pela metade. A manifestação acontece em diversas cidades do País.

No Paraná, haverá protesto também em Maringá e Londrina. A votação está prevista na pauta da sessão desta terça-feira (31).

Trajeto

O trânsito pode ficar mais complicado com uma carreata de motoristas de aplicativos. Eles estão concentrados, no Parque Barigüi, e seguirão até o Centro Cívico. Devem utilizar a Cândido Hartmann, Jacarezinho, Roberto Barrozo e Cândido de Abreu. 

Veja todas as cidades que terão protesto dos motoristas de aplicativos

Nota do Cabify

A Cabify divulgou nota neste domingo lamentando a votação do projeto e anunciando que iniciou uma contagem regressiva para a inviabilidade do modelo de aplicativos de transporte no site www.retrocessourbano.com.br . ” A empresa considera que o PLC 28/2017 promove uma proibição velada a todos os aplicativos de mobilidade e sua votação ocorre nesta terça-feira (31/10) em regime de urgência. Diante da ausência de uma ampla discussão com a sociedade, iniciamos a contagem regressiva em www.retrocessourbano.com.br para a inviabilidade desse modelo inovador de negócios que é utilizado por mais de 17 milhões de passageiros e gera renda para mais de 500 mil motoristas parceiros”

Segundo a Cabify, a aprovação do PLC pelos Senadores pode deixar, da noite para o dia, centenas de milhares de motoristas brasileiros sem uma opção para gerar renda para si e para suas famílias, além proibir o direito de escolha de milhares de brasileiros que optaram por deixar seus carros particulares nas garagens e fazer escolhas inteligentes e intermodais na mobilidade urbana e até mesmo para se locomovem em regiões não atendidas pelo transporte público. “Nas redes sociais, nas ruas e até mesmo nas 825 mil assinaturas que foram entregues ao Senado há mobilizações contrárias ao PLC-28, demonstrando, assim, que a população desejava por uma discussão aprofundada, o que foi negada até o momento, e que o Senado não aprove um projeto que proíbe os aplicativos e regulamente o setor de forma justa. Estamos todos #juntospelamobilidade”.

Liberados em Curitiba

A Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento deferiu em setembro o credenciamento de quatro empresas de transporte compartilhado que operam em Curitiba. Com isso, elas estão autorizadas a prestar o serviço, uma vez que cumprem os requisitos exigidos na nova regulamentação do setor, implementada em julho pela Prefeitura.

Estão autorizadas as empresas Uber, Cabify, 99 Pop e Ecodrivers. O deferimento foi publicado no Diário Oficial do Município em 20 de setembro.  Até 20 de outubro, os veículos devem ser identificados com um dístico (adesivo) identificador da empresa e de um ano para as frotas se adequarem ao emplacamento de seus veículos (que deve ser da capital).

preço público cobrado decorre da utilização comercial intensiva da infraestrutura da cidade, que é impactada pelo aumento de trânsito, desgaste das vias, poluição atmosférica, entre outros. Esse impacto – tanto do uso comercial quanto dos veículos de passeio – é importante para o município definir suas políticas públicas e ações na área.

As informações prestadas no credenciamento têm validade de um ano.

O secretário Vitor Puppi destaca que a regulação traz mais segurança aos usuários e justiça na tributação de um serviço comercial que até então atuava de maneira informal.